tag:blogger.com,1999:blog-44911226813700043392024-02-19T09:15:14.222-08:00Minha cabeça é um mundoPROCURAR UM LUGAR EM OUTROS MUNDOS MOSTRANDO UM POUCO DO MEU, ESTE BLOG SERÁ ESPAÇO DE INFORMAÇÃO, REFLEXÃO, DESCONTRAÇÃO, DISCUSSÃO, ALIENÇÃO, ARTICULAÇÃO OU NÃO. BEM VINDOS!Pauliane Britohttp://www.blogger.com/profile/10049237258751512228noreply@blogger.comBlogger9125tag:blogger.com,1999:blog-4491122681370004339.post-73887780114740261572020-10-26T13:21:00.000-07:002020-10-26T13:21:59.076-07:00 Ela erra.<p><span style="text-align: justify;">Ela poderia ter feito isso. Ela
poderia ter agido assim. Se ela tivesse feito dessa forma.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mas só ela estava lá naquele
momento, vivendo aquele momento e ciente que as consequências das escolhas
daquele momento seriam vividas apenas por ela. Nenhum dos bons espectadores
arcaria com os ônus e os bônus de suas escolhas, nenhum deles estaria lá para
comemorar ou sofrer os próximos passos com ela. Todos estariam lá novamente tão
somente para exercerem suas opiniões não solicitadas, nada fundamentais e rasamente
embasadas. </p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Aos dedos apontados ela deu a
indiferença. A indiferença habitual que recebia aos seus gritos de socorro, as
suas duvidas existenciais, as suas incertezas ante as crueldades do mundo. A
indiferença que ela praticava agora era artificialmente construída como um
decalque do que recebia ao longo da vida. Não sabia de fato desdenhar, então
vez ou outra cai na armadilha de confundir uma mera critica com um apoio
sincero e construtivo. Também tendia a aceitar que o que não mata fortalece,
certamente uma dessas ideias de quem não sabendo odiar, olha a rasteira como
uma marca daquele momento, fixa no tempo congelado a ação de quem lhe
desprezou.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ela ainda vai se convencer
que para dar a rasteira se prepara o terreno, se mede a distancia, se calcula a
força, se marca a perna, se projeta a queda e mesmo antes de derrubar o
oponente a rasteira já foi dada. O que não mata também te enfraquece
lentamente. </p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Não há ninguém onde ela está.
Aquele lugar nem sempre lhe pertenceu porem chegou a ela com muitos avisos que
ao viver não se nota, a não ser, em retrospectiva comentada pelos cálculos dos
erros e acertos. Assim todos sabem a resposta, a postura, a conduta, a ideia, a
razão, a ação, o silencio e até o pensamento. Ela não teve ensaio, está ali no
ato, naquele momento que não tem volta. E se tiver volta ela não sabe se
acertará nessa nova hora. </p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Antes ela considerava possível
nunca errar, agora já ajeita as ideias para não se arrepender das coisas não
vividas. Agora projeta os erros, ajusta nas suas medidas, calcula os tombos, a
subida e erra. Erra com o erro, erra com as medidas, erra com os tombos e com a
subida. Erra tanto que em alguma medida acredita que acertou e segue tentando
não errar sem propósito.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Aos dedos o
desprezo cultivado sem ódio, afinal na justa medida eles já nascem de outros
erros, os erros dos pródigos em verdades que só cabem aos outros. </p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">É solitária a posição daquele
lugar. Certamente como o é de todos os outros lugares que ela e qualquer um já
ocupou. Mas ela tenta aprender com outras e outros que próximo aquele momento
fizeram suas escolhas, tenta tirar a justa medida das possibilidades, fazer
previsões, calcular o raio de coisas inconcretas. Ela realmente acredita que
ira errar na justa medida do acerto. Tola.</p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Tragicamente sua tolice não é um
erro calculado. É desses erros que em prospecção retroativa brilham aos olhos
que vertem as lágrimas das consequências. É daí que saem essas medidas ingênuas
que tiramos da vida nas escolhas por errar considerando que na junção de dois
erros sairá um acerto. Não. Não. Não definitivamente. Após dois erros o
terceiro já aponta. É uma sorte, uma coragem, uma corrida sair dessa conta. Por
fim ela sabe que poderia ter feito tudo de outro jeito. Poderá sempre errar ou
acertar desse, daquele e de outros tantos feitos. </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Autora: Pauliane Brito</p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">*Contem palavra de recriação
poética da autora.</p>Pauliane Britohttp://www.blogger.com/profile/10049237258751512228noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4491122681370004339.post-34138794507654595392020-10-19T09:41:00.001-07:002020-10-19T09:42:56.824-07:00Ela sabe que é inconstante.<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Ela não sabe ao certo o que deseja. Não sabe se quer ser a
mulher forte e independente que atrai olhares de admiração, que se sente
segura, forte, equilibrada e capaz de ser e estar sozinha ou se quer viver o
conto da Cinderela, Bela Adormecida, Branca de Neve e Ariel juntos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">É muita indecisão que a mata por dentro, que a consome,
alimenta suas angustias e devaneios. Tem dias que acorda pronta para ser a
protagonista idealizada de filme feminista clichê ortodoxo moderno. Meditar,
Malhar, cozinhar, trabalhar, estudar, protestar, cuidar, gozar, em fim realizar
todas as tarefas cotidianas esperadas das super preparadas, vencedoras, dinâmicas
e bem resolvidas mulheres modernas. Em outros dias, ela quer ser acordada pela
ligação do príncipe por quem é e sempre foi apaixonada, pelo café da manha na
cama, pelas flores com a mensagem romântica, pela mensagem de texto que diz “saudades
e desejo de você”. Ela quer ao final da faxina borralheira encontrar aquele
brilho de esperança em dias melhores, um abraço reconfortante de carinho, uma
fala carregada de amor apaixonado sem reservas, a ardência dos beijos e das
promessas ou mesmo vestígios dele, seu príncipe salvador. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Ela quer ter as duas coisas, quer ser a heroína que salva o
mundo e a donzela salva por ele. Quer que todos a reconheçam pelo perfume e ao
mesmo tempo ser invisível na multidão. Não aceita nada menos que a total
felicidade, mas por muitas vezes se contenta em andar segura pelo vale das
sombras, que agonizam ao seu redor aviltando seus sonhos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Ela sabe que é inconstante. Luta freneticamente contra seus
monstros diários, sua mente incessantemente ávida por novos conflitos, amores,
projetos, desejos. Cria contos e contos, todos passados, repassados, vistos e
revisados apenas na mente desequilibrada dela. Sabe, mesmo que ninguém suspeite
a sua volta, que é ansiosa, é obsessiva. Tem suas amarras a realidade que
funcionam como válvula de escape. Procura sempre um ponto de foco e se agarra
na tentativa de equilíbrio. Se segura a qualquer corda lançada, por outros ou por
ela mesma em tempos passados e que ali no chão permaneceu sendo tomada pela poeira,
na esperança de não voar tão alto quanto a queda possa despedaçá-la por
completo. Tem medo de remontar pedaço que pouco a pouco deixa de reconhecer. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Quanto mais mexe em sua mente, menos sabe quem encontra, se a
menina bagunceira ou a mulher organizada. É que essa menina não a deixa, ela
gosta de coisas acabadas, prontas, arrumadas, na ordem das coisas certas, das
certezas que só a ingenuidade de criança permite acreditar. Então essa menina
bagunça tudo o tempo todo tentando arrumar. Ela não entende que a mulher
aprendeu a duras penas que não existem linhas retas solidas, são caminhos de
corda, ora frouxas, ora rígidas que trilhamos melhor quando aprendemos que é
preciso um pouco de desequilíbrio para equilibrar. Mas a mulher organizada, olha
saudosa pra menina que vivia suas certezas na corda bamba, se atirava de precipício,
não marcava alvos, não mergulhava nos erros, coletava as estrelas e brilhava
com elas. Para a mulher essa menina não fez as escolhas. Flutuou na bruma da
sorte, dos acasos, dos achados, na idéia fixa de manter tudo arrumado.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Agora a mulher quer escolher, fazer o
caminho, sem nada deixar porque o que a menina coletou no caminho, são sem
duvidas estrelas. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Essa é ela sem ser. Se escondendo, se mostrando, se
reinventando, reaprendendo a ser, sendo, se fazendo e desfazendo. Ela, as vezes,
é a mulher moderna que quer brincar de conto de fadas, a princesa que quer
rasgar as paginas doces escrevendo novas historias com aventura, a menina
corajosa que entendeu que é hora de crescer, a mulher que nunca foi, a menina
que sempre será e a coragem que todas as possibilidades lhe obrigam a ter.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Autora: Pauliane Brito.</span></p>Pauliane Britohttp://www.blogger.com/profile/10049237258751512228noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4491122681370004339.post-52062285194326576562020-07-06T17:42:00.000-07:002020-07-06T17:42:21.213-07:00LOUCA DE LUTO <div style="text-align: justify;">
A cada copo uma lembrança, a cada giro no salão a certeza que ele nunca mais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>O primeiro gole foi de negação. </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas como nunca mais? Como se mesmo agora engolindo o orgulho a goles de cerveja ele ainda era o infernal centro de meus devaneios? Além disso, nunca mais é muito tempo. E o ditado já avisa que nunca se deve dizer nunca. Porra é melhor outra roda pra essa convicção descer na minha mente. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu nego que tenha perdido a cabeça. Na verdade eu estava lá inteira e plena vivendo algo que eu sabia era passageiro. Não é porque liguei, mandei mensagens, áudios, fotos, vídeos e presentes que eu tenha sido invasiva. Prefiro me entender como obstinada, convicta, uma mulher fortemente apaixonada se entregando ao amor da vida dela. Não tenho culpa se também era o amor dela, o marido dela, o pai dos filhos dela. Não tenho culpa se havia uma vida deles. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>O segundo gole foi de raiva. </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como não gostou? Como assim sou louca? A verdade é que ele gostou sim, ficou com medo, mas gostou. Qualquer um gosta de atenção, demonstração verdadeira de afeto genuíno. Gritar comigo, me mandar ir embora, jogar meu sapato pra fora foi demais. A vontade é de entrar lá agora e meter a mão na cara dele, da uma joelhada dessas que homem nenhum consegue levantar, quebrar todos os porta-retratos daquela casa. Fazer ele parar de bancar o santo nessa porra.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sim, eu estou com raiva! Furiosa. Pronta pra fazer ele pagar o que me deve. Eu me entreguei, mergulhei no ar sem pára-quedas e só agora ele diz que é demais. Não sou destemperada, sou intensa. Vivo minhas emoções de forma verdadeira e sincera, não fico me escondendo por traz de mascaras. EU NÃO SOU LOUCA! Ela tem culpa nisso. Sei bem que ela é passado, uma amarra, um embuste na vida dele, é fácil ver isso. Que ódio dessa sua culpinha suja por causa dela. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>O terceiro gole foi de negociação. </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pensa bem se isso pode ser considerado o fim? Será que consegue mesmo manter essa sua ultima palavra? Duvido. Ele gosta de mim, tem que admiti. Se não gostasse de tudo isso, não teria aceitado os presentes, pedido mais vídeos, ouvido todos os áudios, estimulados as fotos, respondido as mensagens, atendido as ligações. O que ele esta fazendo agora é covardia, escondendo de se mesmo que tudo isso que vivemos tem importância. Não entendo esse medo de ser feliz.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tudo que eu quero é que ele aceite essa troca. Não há nada de errado em querer que ele pense bem antes de fazer essa escolha. Depois de comparar eu e ela certamente vai entender que sou seu destino. O que eu sinto, a forma como me entrego sem nada pedir é a forma mais pura verdade e forte de amor. Se ele pensar bem não fica com ela. Ele ficou todos esses anos ao lado dela e ainda dá suas escapadinhas porque ela não o satisfaz. Os filhos só servem pra prender. Aposto que ela vive reclamando, eu ao contrario sou bem resolvida, amorosa, fogosa e vou te levar a loucura. Que raiva dessa sua pena dela. Isso só pode ser pena. A história de vocês já era, hora de coisa nova. Acredita. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>O quarto gole foi de tristeza. </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como posso ter me entregado tanto assim? Como controlar essa vontade de chorar? Estou sozinha. Sozinha nessa vertiginosa loucura de você. Segui na sua direção sem proteção, sem medir os riscos. É uma vergonha minha insensatez, achar que as migalhas que me dava apontavam um caminho de salvação da solidão em que me coloquei. Só de saber que não haverá nós sinto um nó na garganta. Os planos que fiz foram saindo com maquiagem, unhas postiças e o salto alto que já apertava.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estou triste. Foi preciso tudo isso pra ver a loucura que escolhi viver sozinha. A grama do vizinho é verde porque foi regada, eu queria deitar nessa grama pulando o muro, invadindo a casa. Ele escolheu ela. Ela foi a escolha dele. Eles tem uma história, uma família, um passado e um futuro. E eu invejando ela, desprezando o que tinham porque queria tudo pra mim. Quero o pote de sorvete, a panela de brigadeiro e o filme romântico brega pra me consolar. Mas agradeço as amigas pelo balada bar também. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>A quita rodada foi de aceitação.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Admito fiz a louca! Passei dos limites por muito tempo e dei motivos pra aquele grito de basta. Enchi o copo de cada coisa que fiz nesses meses e a gota d’água foi essa chegada inesperada. Chegar assim na casa dele de Sobretudo e nada de roupa. Porra eu sou louca. E se ela chega, nos pega na casa, me vê lá na farra? Estava ferrada. Destruía uma família por uma boa pegada. Esquece, volta e ajusta. É nunca mais com certeza! </div>
Pauliane Britohttp://www.blogger.com/profile/10049237258751512228noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4491122681370004339.post-77628302981397825482020-06-15T17:13:00.001-07:002020-06-15T17:13:44.811-07:00Eu desejei você<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoNormalTable" style="background: white; border-collapse: collapse; mso-padding-alt: 0cm 0cm 0cm 0cm; mso-yfti-tbllook: 1184; width: 611px;"><tbody>
<tr style="mso-yfti-firstrow: yes; mso-yfti-irow: 0; mso-yfti-lastrow: yes;"><td style="padding: 0cm 0cm 0cm 0cm; width: 1.0pt;" valign="top" width="1"></td><td style="padding: 0cm 0cm 0cm 0cm; width: 455.9pt;" valign="top" width="608">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Eu
desejei você. Eu desejei a sua mão no meu pescoço alisando meu rosto, seu
olhar no meu, o seu carinho antes do beijo. Eu desejei a sua mão na minha
cintura me esticando em sua direção, segurando meu pescoço, me beijando com
ardência e carinho. Eu desejei que me desse o beijo que esperei por tanto
tempo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-language: PT-BR;">Eu
desejei você. Eu desejei a sensação da sua mão na minha cintura subindo pelas
costas até me aproximar ainda mais de você. Eu desejei seu beijo gostoso
prolongado terminando no seu sorriso. Eu desejei seu olhar nos meus olhos refletindo
o quanto está a arder de desejo por mim. E desejei segurar o seu pescoço na
hora do beijo fazer carinho no seu cabelo, me deixar solta, leve, vivendo o
momento, curtindo a sensação de você em mim.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-language: PT-BR;">Eu desejei o seu toque. Eu desejei a sua mão na minha cintura, o toque
pele com pele, a sensação de ser tocada por você. Eu desejei sentir que me
queria, sentir que seu desejo ardia por mim. Eu desejei ser desejada por você.
Eu queria estar na sua frente, esta sentindo o seu desejo ardente, olhos nos
olhos. Eu queria sua mão subindo da minha cintura dentro da minha blusa
acariciando minha pele até chegar os meus seios, apertando, olhando nos meus
olhos, me segurando pela cintura.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-language: PT-BR;">Eu desejei você tirando a minha blusa, me olhando tirando a sua blusa.
Eu desejei você me abraçando falando no meu ouvido o quanto aquilo era
gostoso. Sua pele na minha, seu calor no meu, sussurrando no meu ouvido o
quanto me desejava, o quanto me queria. Eu realmente desejei que tudo isso
acontecesse inocentemente sem premeditação, dessas coisas que simplesmente
acontecesse por obra do acaso do destino e do segmento da minha libido pelo
segmento do seu anseio por mim.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-language: PT-BR;">Eu desejei que esse desejo tivesse fim, que esse beijo, que esse toque,
que esse peito apertado, que essa mão ardente, que esse olhar forte, fosse
tudo o que eu teria desejado. Mas a verdade é que não foi assim. A verdade é
que você se apoderou de mim, dos meus pensamentos, dos meus desejos. Eu perdi
o compasso, perdi a trilha, virei de cabeça para baixo e segui. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-language: PT-BR;">Eu segui no desejo de você, de todo seu corpo, de todo seu toque, de
tudo o que eu queria viver com você. Eu segui desejando seu sexo ardente,
forte e penetrante com tapas, mordidas, beijos e lambidas. Eu segui desejando
cada socada cada gota de suor. Seguir desejando e quanto mais desejava mais
tudo eu queria, mais tudo em mim te queria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-language: PT-BR;">E o desejo do seu beijo se transformou no desejo de você inteiro, de
tudo o que vinha com você. Então mesmo antes do prazer toda nossa história
estava escrita porque eu desejei o seu beijo. No final de todo desejo gozei...
só pelo desejo do seu beijo.<o:p></o:p></span></div>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoNormalTable" style="border-collapse: collapse; mso-yfti-tbllook: 1184;">
<tbody>
<tr style="mso-yfti-firstrow: yes; mso-yfti-irow: 0; mso-yfti-lastrow: yes;">
<td style="padding: 0cm 8.0pt 0cm 8.0pt; width: 22.0pt;" valign="top" width="29"></td>
<td style="padding: 0cm 0cm 0cm 0cm; width: 412.25pt;" width="550"></td>
</tr>
</tbody></table>
</td>
<td style="padding: 0cm 0cm 0cm 0cm; width: 1.0pt;" valign="top" width="1"></td>
</tr>
</tbody></table>
Pauliane Britohttp://www.blogger.com/profile/10049237258751512228noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4491122681370004339.post-54134995638400078712020-05-19T12:56:00.000-07:002020-05-19T13:22:23.971-07:00O amor tem gosto de caju. <br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O amor tem gosto de caju. Caju
recém colhido, lavado no rio, macio, doce, esponjoso, azedo, maduro, carnudo,
verde, duro, saboroso, intragável, guardados na barra da camisa suada. Tem um
pouco de fome no amor. Tem a fome real que consome as entranhas e a idéia dessa
fome que pode ser saciada antes de sua chegada. Uma fome de ter fome, uma fome
de ter e poder saciar essa fome. Tem esse gosto incerto, esperado,
surpreendente que um monte de cajus colhidos ao acaso pode proporcionar. O amor
acolhido na camisa durante a caminhada precisa ser saboreado. Sem cerimônia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Nos encontramos duas vezes
antes do momento em que me declarei a ela. Eu casado, pai, provedor, com um
gosto pela liberdade que as pequenas escapadas me iludem de ter. Ela madura,
contrastando um ar de leveza com a preocupação de quem observa um rosto
conhecido ante a um momento de incertezas. Estávamos ali sentados um frente ao
outro, no silêncio, no misto de constrangimento e tranqüilidade, na certeza da
intimidade, na incerteza dessa intimidade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Éramos voluntários em uma
pesquisa sobre confiança e intimidade, realizada por uma faculdade de
psicologia. Antes daquele momento, como voluntário havia passado por um
questionário bastante invasivo sobre minha vida, uma entrevista individual
realizada por um colegiado de três psicólogos e dois meses de sessões com um psicólogo
discutindo minhas vivencias de confiança e intimidade. E agora na segunda etapa
tudo que era esperado é que eu me sentasse frente a outro voluntario
desconhecido, separados por uma mesa de madeira, e trocasse um segredo pela confiança
que a intimidade dessa troca seria minha segurança de confidencialidade. Loucura.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Antes de vê-la entrando e se
sentando a minha frente eu tinha a absoluta certeza de que mentiria. Contaria
cada detalhe meticulosamente inventado de uma história para causar confiança na
pessoa besta que sentaria a minha frente. Simularia cada expressão de
sentimento, cada descontentamento e contentamento naquele alivio de sincera
confiança e intimidade. A história era boa em cada pequeno falso detalhe. E
obvio, escutaria com atenção cada palavra que me fosse entregue, confiada. Não
porque me importasse, mas pela curiosidade simples a vida alheia.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Eu estava sentado a cinco minutos em uma
cadeira confortável, frente a uma mesa vazia, numa sala de cor bege e com luz
clara. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="mso-spacerun: yes;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Depois das regras explicadas
ficamos a sós. Sem câmeras, escutas, mediadores, interferências, roteiros,
sinais de tempo, distrações visuais, sons. Éramos eu e ela. Ela. Eu. Eu, minhas
lembranças, minhas inseguranças, minhas certezas inacabadas, um eu adormecido
que um eu desconhecido insistia em iluminar. Ficamos em silêncio por um tempo
olhando um para o outro até que sem introdução ela me contou que na sua
primeira experiência de toque foi abusada. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Seu corpo foi tocado lasciva
e despretensiosamente sem que dela emanasse desejo, prazer. Isso ela guardava,
não com amargura, mas com pesar das possibilidades que se perderam pra essa
primeira experiência. Não falou de penetração, falou de mãos, apertos, fricção.
Doeu, em mim doeu. Doeu porque tenho a certeza que já fiz o mesmo em alguém. Então
doeu por ela, em mim doeu. Ouvi em silencio obsequioso. Engolia a seco cada
palavra, e sem perceber meus olhos de encheram de lagrimas e eu pedi desculpas.
Eu senti que devia um pedido de desculpas a ela. E saiu uma voz rouca,
embargada, mas firme. Desculpa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Não sei se era o que ela
queria ouvir, desconfio que não. Mas tudo o que queria dizer não passou pela
minha garganta, a confusão em minha mente não organizou as palavras. E a culpa
em mim por outras em que toquei lasciva e despretensiosamente gritou, CULPADO,
desculpe-se. O silencio voltou embrulhado no sorriso dela. A leveza no olhar dela,
a cumplicidade daquele momento me pegou emocionalmente desprevenido. Joguei
fora a mentira ensaiada e sorrir pra ela com a precipitação de um segredo
escorrendo aos lábios. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Quando menino por volta dos
quatorze anos fui a casa de campo de um amigo do colégio. Tudo era liberdade.
Andar pela mata, comer frutas diretamente colhidas do pé, se banhar em água de
rio, aprender a usar um rifle. Toda a liberdade cabia naqueles dias e nada
faltava que uma caminhada colhendo cajus não suprisse. Ao final de uma tarde
cheguei ao chuveiro externo próximo ao portão de entrada ao curral de vacas com
meu amigo. Sentamos em um tronco de árvore para comer os cajus recém colhidos
que carregava na barra da camisa. Eu vi uma mulher tomando banho de biquíni.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Ela me olhou sorrindo com um
misto de ironia e curiosidade. Assentiu com a cabeça o prolongamento daquela
confidencia, colocando os cotovelos na ponta da mesa cruzou os braços em minha
direção. Era uma intimidade inusitada. Ela se colocou vulnerável para mim a
poucos minutos, se permitiu ser julgada, exposta, mas agora se recolocava no
lugar de mulher segura, ciente de si, do entorno e das incertezas. Prossegui
fascinado com o que ela ainda despertava em mim, excitado com a possibilidade
de compartilhar o que só às minhas lembranças permitir saber.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Era uma mulher jovem. Uma
mulher. Seios grandes com bicos duros, coxas roliças, bunda grande. Era bonita
de rosto, um sorriso aberto, acolhedor e olhos espertos. Nos conhecemos naquela
manhã, na casa de meu amigo, ela me ofereceu ovos mexidos, eu aceitei, ah...
ela estava vestida. No chuveiro ela continuou seu banho sem cerimônia. Meu
amigo se enveredou a tirar leite das vacas, providencialmente inocente e
verdadeiramente distraído. Ela passou xampu nos cabelos e eu hipnotizado com a
espuma que escorria por seu corpo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Cogitei parar o meu relato
quando notei que ela tirou os olhos dos meus. Por um segundo me senti inseguro
quanto a pertinência daquele momento para aquela confidencia. Ensaiei mais um
pedido de desculpas. E quando voltei novamente a encará-la percebi que o bico
de seus seios estavam duros e que ela sorriu pra mim, como que encantada pela
descoberta da exibição da libido pelo seu corpo. Descruzou os braços
lentamente, coloco-os sobre os braços da cadeira em que estava, cruzou as
pernas educadamente e assentiu novamente com a cabeça que aquele segredo lhe
fosse confiado. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="mso-spacerun: yes;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Enquanto o xampu escorria
pelo corpo dela, todo o meu corpo ainda intocado de menino de sentiu ouriçado.
Não conseguia tirar meus olhos dela. Ela me chamou de moleque fedorento e me
convidou pra o chuveiro. A água estava refrescante. Estava a dois palmos dela
quando espremeu seu cabelo em cima de mim, enchendo meu corpo de espuma.
Esfreguei meu corpo inteiro tentando esconder minha ereção prematura. Assim que
terminou de se enxaguar, abriu espaço para mim, tentei ser rápido, mas o calção
não colaborava. Ela virou para mim e me repreendeu por não ter lavado
adequadamente o rosto que ainda estava sujo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Foi estranho vê-la ali
parada me olhando contar tudo aquilo sem falar nada. A polidez de seu corpo contrastava
com todo o desnudar de minha intimidade, com a intensidade com que meu corpo
revivia aquelas lembranças, com o controle que eu me obrigava a ter sobre meu
membro já prematuramente ereto. Seu olhar, seu sorriso esse me acompanhavam naquele
delírio. A boca macia entreaberta segurando talvez uma língua úmida e sedutora
delineando lentamente os lábios, e os olhos ávidos, percorrendo vez ou outra o
caminho entre os meus e a linha da minha cintura, olhos curiosos talvez
desejosos da descoberta do que a mesa entre nós escondia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Ela ainda estava a apenas
dois palmos de mim quando percebeu que embaixo daquele calção molhado o menino
levemente curvado escondia um membro indiscretamente ereto. Não ouve vergonha,
recriminação ou qualquer tentativa de supervalorizar aquilo. Sem qualquer
cerimônia ela começou a ensaboar meu rosto com o mesmo sabonete que minutos
antes vi ela deslizar pelo corpo após o xampu. Olhando nos meus olhos lavou
minha testa, minhas orelhas, meu nariz, minha bochecha até deslizar suavemente
o dedo nos meus lábios. Meu corpo extrapolou e eu não sufoquei o gemido. Uma
mulher. Minha primeira experiência de toque foi com uma mulher linda, gostosa e
misteriosa que bagunçou meu cabelo e saiu sorrindo enrolada em uma toalha. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Agora, homem aos 27 anos
sentado em frente a essa mulher madura com uma leveza de espírito e curvas
ainda desejáveis, me sinto um garoto de aproximadamente quatorze anos, desejoso
de mais. Não, esse mais simplista, necessário, carnal, físico. Não esse mais de
corpo, não é de toque, não é de gozo. Desejo mais dessa intimidade, desse homem
que ela fez florescer no inicio da juventude, desse jovem-homem que se permitiu
sentir a suavidade, a segurança e a lascividade daquela jovem-mulher. Desejo
mais dessa confiança, cumplicidade que hoje reavivamos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Sorrindo ela se inclinou
para constatar minha ereção. Seus olhos demonstravam satisfação.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Agradeceu sinceramente pela escuta atenta,
disse que foi um prazer rever nos meus olhos aquela jovem-mulher que um dia ela
foi, mas que abriu espaço para a mulher-madura que ela quer ser. Ela agora tem
duas filhas, um segundo marido, um aquário de dourados e ainda usa o mesmo
xampu. Rimos. Não desviamos o olhar, não sabíamos como quebrar aquele desejo
real que os dois sentiam. Prefiro acreditar que os dois sentiam. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Ela se levantou e antes de
sair completamente de minha vida eu lhe perguntei se ela sabia que gosto tinha
o amor. Ela disse como se estivesse a ler minha mente que o amor tem muitos
gostos, muitas formas e muitos momentos, mas o desejo, passou a língua nos
lábios e mordeu suavemente, o desejo garoto tem gosto de caju.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px;">Gênero: Conto em primeira pessoa.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px;">Autora: Pauliane Brito.</span></div>
<br />Pauliane Britohttp://www.blogger.com/profile/10049237258751512228noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4491122681370004339.post-867160312404801172014-02-01T10:50:00.003-08:002014-02-01T10:52:21.817-08:00<span style="font-size: large;"><u>POESIA</u></span><br />
<span style="font-size: large;"></span><br />
<span style="font-size: large;">"Ela era mar. Revolta, de fases, turbulenta, imprevisível.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /> Ela já foi rio. densa, serena, misteriosa, focada.<br />
</span><br />
<span style="font-size: large;"> Ela é piscina. Tratada, límpida, segura, contida.</span><br />
<span style="font-size: large;"></span><br />
<span style="font-size: large;"> Ela ainda é ela, quando e pra quem quer ser."</span><br />
<span style="font-size: large;"> </span><br />
<span style="font-size: large;"> <span style="font-family: inherit;"><em>Pauliane Brito</em></span></span>Pauliane Britohttp://www.blogger.com/profile/10049237258751512228noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4491122681370004339.post-25709153548272851502014-01-29T16:33:00.004-08:002014-01-29T16:37:46.996-08:00<h2>
<span class="userContent"><u>POESIA</u></span></h2>
<span class="userContent"><span style="font-size: large;"></span></span><br />
<span class="userContent"><span style="font-size: large;">"Ela ficou furiosa. Ela ficou raivosa. Ela ficou nervosa.</span></span><br />
<span class="userContent"><span style="font-size: large;"><br />Ela ficou irritada. Ela ficou chateada. Ela ficou preocupada.<br />
<br />Ela ficou cansada. Ela ficou conformada.<br />
<br />Ela ficou calma............................ Ela escolheu não ficar mais."<br />
<br />
<span style="font-family: inherit;"> <em>Pauliane Brito</em></span></span></span>Pauliane Britohttp://www.blogger.com/profile/10049237258751512228noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4491122681370004339.post-30681243857954507192013-02-08T07:02:00.000-08:002013-02-08T07:02:52.507-08:00A música brasileira diz: mulher é tudo "Maria gasolina"!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjabe46jS0laN6PWSc9U4bYIQZRddSdi7hoQjlcypABskApUbAhp_IQXn-_wGcDJpxbCG3ubxwGWyxCEj-SQdZmdARo7CF9C_2UzHfZabDR9nOujTr68vJXaVFoq2W52amzhcqPUf5ZJu8/s1600/carmasutraoj2.jpeg" imageanchor="1" style="clear:left; float:left;margin-right:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="278" width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjabe46jS0laN6PWSc9U4bYIQZRddSdi7hoQjlcypABskApUbAhp_IQXn-_wGcDJpxbCG3ubxwGWyxCEj-SQdZmdARo7CF9C_2UzHfZabDR9nOujTr68vJXaVFoq2W52amzhcqPUf5ZJu8/s320/carmasutraoj2.jpeg" /></a></div><br />
<br />
<br />
Depois da onda monossilábica na música brasileira, chegamos ao momento de frisar que mulher se interessa mesmo é pela dupla "caráter e personalidade" (dinheiro e carro) que um homem pode ter! Ouvindo uma rádio local nessa manhã captei uma seleção bem interessante. Primeiro o 'Camaro Amarelo' de Munhoz e Mariano ajuda qualquer um a ficar gostoso e assim, claro, ele pode pegar todas as mulheres e esnobar também, afinal um Camaro é um Camaro. Mas alguém falou do IPVA? dos quebra-molas? dos buracos na estrada? e onde vai estacionar uma "maquina" dessas sem ser assaltado? e o mais importante o pai do cara morreu e ele não ta triste? não, são perguntas tolas. o importante é que a mulherada vai cair matando porque são todas "Marias gasolina". Porem tem quem não recebeu herança alguma e precisa dar um jeitinho no fundo da 'Fiorino' de Gabriel Gava, e claro as "Marias gasolina" vão fazer "doce" por que o que importa é o carro e não a pegada do cara. Elas não estão ali pra curtir um momento a dois mas sim para aprovar ou não a "personalidade" do rapaz. Entretanto se carro é pra pegar mulher o melhor mesmo é 'Minha Doblô' de Silvanno Salles por que além de ser mais econômico que um Camaro e mais confortável que uma Fiorino cabem mais... advinha? mulheres, pois as mesmas são como imãs que se atraem pelo metal motorizado, mulher que é mulher quer mesmo é um homem com carro. E homem que quer pegar muita mulher tem que ter um carro. Todavia tem aqueles que quando conseguem um carro queira mesmo é distância da mulherada que só faz o homem sem carro sofrer como indica a dupla Kiko e Jeanne com seu 'Buggy Caramelo'. se o carro tiver parado é pior porque a verdade é que carro virou sinônimo de 'Motel Disfarçado' como coloca a banda Aviões do Forró e quem tem um motel, tem mulher, claro. Acho que a gasolina transforma a todas em ninfomaníacas. Não vou listar aqui as várias músicas que tenho ouvido nesse sentido mas quero dizer que já tem gente apelando e dando festa em avião pra mulherada ir até no chão. Realmente é um pavor! To até com medo de pegar uma carona em um carro importado de "Vidro Fumê" e ser mal interpretada vai que rola uma ligação como a que Ricky Vallen recebeu! Sendo assim melhor mesmo é ser poderosa, linda e absoluta como a Stefhany Sousa no seu crossfox sem homem e com o cheirinho da gasolina própria. Mas como diz na propaganda de desodorante, nada supera um astronauta, não é mesmo meninas? Haja apego a "personalidade" masculina. <br />
<br />
<br />
imagem retirada de: http://sinaisdefumaca.zip.net/arch2007-04-01_2007-04-30.html acesso em 07/02/2013.<br />
Pauliane Britohttp://www.blogger.com/profile/10049237258751512228noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4491122681370004339.post-19123286166465570182011-04-01T10:17:00.000-07:002011-04-01T10:17:50.196-07:00<span style="color: magenta; font-family: Times, "Times New Roman", serif; font-size: large;">Vejo o mundo por uma ótica muito particular, crio um mundo que é só meu, no entanto trago dos outros muitas das minhas referências e (re)faço meu mundo que é um retalho dos outros e de mim.</span><br />
<br />
<span style="color: magenta; font-family: Times, "Times New Roman", serif; font-size: large;">Você pode participar dessa construção. Discordando, concordando, consertando, reclamando, valorizando, em fim trazendo seu mundo para se chocar com o meu.</span><br />
<br />
<span style="color: magenta; font-family: Times, "Times New Roman", serif; font-size: large;">Aqui terá um pouco de tudo (espero), das minhas impressões às minhas poucas e momentanêas certezas. Espaço aberto a tudo que me interessar e a quem se interessar por ele.</span><br />
<br />
<span style="color: magenta; font-family: Times, "Times New Roman", serif; font-size: large;"> SEJAM BEM VINDOS!</span>Pauliane Britohttp://www.blogger.com/profile/10049237258751512228noreply@blogger.com1